segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Bug do milênio X youTube (parte 3)


Hoje, sistemas de streaming (oferecer conteúdo áudiovisual sob demanda, na hora que o usuário deseja, pela internet) oferecem filmes, músicas e muito mais. NetFlix, youtube e outras redes sociais têm seus conteúdos cheios hoje em dia com quantidades que eram inviáveis poucos anos atrás. Isso possibilitou uma revolução nos meios de comunicação. As televisões tradicionais vêem sua audiência ser tomada pelas atrações disponíveis na internet. Afinal, na internet eu vejo o que eu quero na hora que eu quero. Não preciso esperar pela hora determinada pela empresa que transmite.
Mas o que possibilitou tudo isso? Afinal de contas, poucos anos atrás, na virada do milênio, muitos se preocupavam com o bug do milênio, um problema cuja origem estava no fato de muitos terem, no passado, economizado espaço de armazenamento em disco eliminando 2 dígitos do ano, nos registros de datas. E agora, poucos anos depois, há espaço para que pessoas grave e postem conteúdos os mais bizarros e inúteis possíveis. Claro, tem os úteis e bons também. Mas se considerarmos como, há pouco tempo atrás, o espaço de armazenamento era valioso e raro, e hoje se colocam vídeos que não dizem nem transmitem nada, podemos ter uma dimensão da grande guinada que esta situação teve.
E o que possibilitou tudo isso? A tecnologia de armazenamento deu saltos gigantescos nestes últimos tempos. Discos rígidos com espaços cada vez maiores e novas tecnologias de armazenamento baratearam o custo para se guardar informações de uma forma inacreditável.
Antes, preocupava-se em economizar 2 dígitos na data. Agora, pessoas tiram fotos com seu celular, sem critério e armazenam às vezes cópias de uma mesma foto, apenas para brincar de editar com elas.
Toda essa evolução foi possível graças à abundância oferecida no armazenamento. A informação corre tão rapidamente e com tanta abundância no mundo, que ficou difícil agora selecionar o que ver, o que assistir. Todos podem publicar, armazenar, gravar. E o difícil é saber o que dar atenção nesse mar que se tornou a internet.
Mas uma coisa é certa: a velocidade desta evolução é assustadora. O mundo virou do avesso por causa deste processo. A comunicação entre as pessoas mudou, a forma de ver notícia mudou, a maneira de se expressar mudou. A maneira de viver e ver o mundo mudou. Precisamos saber lidar com tudo isso e entender como tirar o melhor proveito possível de toda essa evolução.




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segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Bug do milênio X youTube (parte 2)


Hoje em dia, essa realidade mudou muito: um jovem publica um vídeo no youtube de 10 min e ocupa os mesmos 20 mb que antigamente eram todo o espaço que havia num computador para realizar todos os trabalhos. Mais que isso, muitos jovens publicam alguns desses vídeos por dia. Outros publicam vídeos de 30 minutos ou mais. E o espaço está ali, se multiplicando. Imagine quantos milhões de pessoas estão publicando conteúdos nos espaços de vídeo e outras áreas da internet e parece que o espaço não tem fim.
Somente para quem não está entendendo esta questão de mb, Tb, capacidades e medidas, uma breve explicação da informática. A unidade básica de medida de armazenamento num computador é um byte, que equivale a um dígito, uma letra, um caracter. Assim, a palavra “casa” tem 4 bytes de espaço, porque tem 4 letras. Os sinais de pontuação, espaços em branco, códigos internos do computador invisíveis e outras coisas também ocupam espaço na memória de armazenamento. Assim, um texto como esse, com pouco menos de 10 mil caracteres, tem 10.000 bytes de espaço. Isso não é muito.
Mas aí vem as unidades de medida da informática que multiplicam isso. A cada 1024 unidades de uma determinada medida, temos seu múltiplo. Costumamos arredondar para 1000, a fim de facilitar o entendimento e o cálculo. Assim como 1000 gramas de açúcar são 1 kilograma e 1000 metros de distância são 1 kilômetro, as unidades do computador têm seus múltiplos também.
1000 bytes (para ser exato, são 1024, mas vamos arredondar, lembra?), então 1000 bytes formam 1 kilobyte de espaço de armazenamento, mais conhecido como 1 kbyte ou 1 kb. Mal dá para armazenar 1 página de texto. Na verdade, um parágrafo um pouco maior já ocupa esse espaço, já tem 1000 caracteres. Antigamente era uma unidade bastante conhecida e usada. É tão pouco que hoje em dia poucos lembram que ela existe.
Mas o que acontece quando juntamos 1000 kbytes? Multiplicamos o kbyte por 1000 e temos o MegaByte. Aqui estamos falando de 1 milhão de bytes (ou caracteres). Agora, podemos falar de espaço suficiente para armazenar 1 livro (talvez até umas 500 páginas, dependendo da formatação, tamanho de letra etc.). Mas com certeza dá para guardar um livro. Um vídeo pequeno também tem sua medida em MegaBytes. Como já disse, uns 2 min de vídeo ocupará 3-4 mb de espaço. Uma mídia de CD tem capacidade para 600 mb.
Se juntar 1000 mb, teremos 1 gigaByte, 1 gb. Aqui, estamos falando de 1 bilhão de bytes (caracteres). Ou 1000 livros de 500 páginas. Ou uma enciclopédia daquelas tradicionais antigas, incluindo texto e fotos, com todos os seus volumes. Antigamente, não se falava em gigabyte. Era coisa futurística. A primeira vez que o serviço de eMail do Google, o gMail, liberou para que as pessoas pudessem armazenar em suas contas de eMail 1gb, foi uma revolução. A maioria dos provedores de eMail liberava não mais que 100 mb para armazenar os eMails. As pessoas usavam os programas de eMail para baixar seus eMails em seus computadores. Mas daí o gmail disponibilizou 1 gb para cada conta de eMail. Foi notícia. Essas medidas não eram normais. Hoje os limites são bem maiores. Os pendrives hoje, armazenam na casa dos gigabytes. Se você comprar um novo hoje, irá encontrar os de 16gb, 32gb ou mais. Ou seja, num pequeno pendrive, caberiam várias cópias completas de enciclopédias inteiras. Um filme completo (um longa metragem, que hoje poderia ser longa bytegem, pois não se mede mais em metros de rolos de filmes, sua duração) de aproximadamente 2 horas de duração, ocupa aproximadamente 5gb de espaço. É a capacidade também de uma mídia de DVD (4,7gb).
Acima disso, quando se juntam 1000 gb, temos 1 terabyte, 1 Tb. Isso, na minha época de estudos de infomática, só a NASA tinha. Hoje, a maioria dos notebooks vendidos em lojas vem com essa capacidade, pronta para ser desperdiçada pelas pessoas, que nunca irão ocupar nem 20% deste espaço. Se 1 gb guarda uma coleção completa de enciclopédia e 1 Tb guarda 1000 vezes isso, então é possível guardar uma biblioteca inteira em 1 Tb de dados. Aqui, seria possível armazenar 200 filmes longa metragens, com extras, vários idiomas e dublagens. A netflix poderia guardar cerca de 1000 de seus filmes em apenas 5 Tb de armazenamento, ou seja, o equivalente a 5 notebooks novos.




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