
O algoritmo do facebook está ficando chato! Calma, eu explico.
Não há mais dúvidas que a tecnologia da informação revolucionou
o mundo nos últimos 20 ou 30 anos. Se a tecnologia de uma forma
geral (a energia elétrica, lâmpada elétrica, máquina a vapor e
depois elétrica, automóvel, antibióticos, linha de produção,
tratamento de água e esgoto etc.) trouxeram avanços à sociedade
nos últimos 100 anos, quando tudo o que temos atualmente no nosso
dia a dia começou a literalmente explodir, então a tecnologia da
informação, uma área mais específica da tecnologia, mega explodiu
nas últimas 3 décadas.
Desde a invenção do computador e do microchip, a tecnologia não
deu mais passos, deu verdadeiros saltos ou voos em direção ao
futuro. Os filmes de antigamente pensavam em carros voadores e alguns
nas ligações telefônicas por vídeo. Os carros ainda não voam,
mas ninguém, no passado, imaginou a internet e toda a revolução
que ela traria na transmissão da informação, nas possibilidades de
interatividade etc. Impressoras 3D idem, ninguém imaginou assim,
desta forma. GPS ao alcance de qualquer cidadão, nem pensar. Isso
era, nos filmes de antigamente, algo somente restrito a militares e
milionários. E hoje temos GPS no celular, para chegar a qualquer
lugar do planeta!
Enfim, não há de se duvidar que a tecnologia explodiu em todas as
direções e que a parte específica da informática tem um capítulo
especial nesta história.
Mas ainda dentro deste capítulo, não podemos esquecer que o que
torna possível as máquinas realizarem suas funções são os
softwares, os aplicativos, os programas de computador, que são
formados por conjuntos de algoritmos que fazem os equipamentos
“pensarem”. São os algoritmos que dizem para fazer isso ou
aquilo, desta ou daquela forma. Um algoritmo pode ser bom ou ruim no
aspecto técnico, no sentido de funcionar bem ou não para o
propósito o qual foi desenvolvido, ou criado. Em si, um algoritmo
não pode ser classificado como bom ou ruim do ponto de vista ético
ou moral.
Porém, quem faz uso do algoritmo que controla as máquinas são os
humanos! E humanos, estes sim podem ser bons ou maus do ponto de
vista moral ou ético. Assim como a bomba atômica foi uma revolução
tecnológica construída tendo por base teorias físicas de pessoas
como Albert Einstein, que não tinha intenção nenhuma de matar
pessoas com suas descobertas, mas assim ocorreu, porque pessoas más
fizeram uso de seus conhecimentos. Da mesma forma, se mau usadas, as
tecnologias podem trazer grandes malefícios à sociedade.
Pode parecer piegas, mas quando me formei no curso de Processamento
de Dados, o qual me ensinou a criar softwares, algoritmos, toda nossa
turma fez um juramento de usar o seu conhecimento apenas para o bem
da sociedade, para coisas boas, pois esta é a função de cada ser
humano que tem uma habilidade: usá-la para o bem de todos. Mas, hoje
em dia, parece que a única função do conhecimento adquirido é
ganhar dinheiro e dominar sobre os outros (pra poder ganhar
dinheiro).
Talvez há 25 anos atrás (quando me formei), ninguém imaginasse
como um programa de computador poderia ser algo bom ou ruim, permitir
fazer o bem ou o mal. Como um simples cadastro de clientes ou de
produtos poderia ser um “perigo” para a sociedade. Poucos
pensavam nisso há 25 anos atrás, quando a revolução apenas
começava, a internet engatinhava e a tecnologia da informação era
acessível a poucos. Ainda não existiam os smart phones, nem GPS.
Quando se falava de software, pensavam-se nos programas de cadastro.
Mas a história evoluiu e mudou. Muito. Um algoritmo é uma lógica
em si, parte de um programa de computador maior que permite, por
exemplo, fazer com que as redes sociais possam, através de
informações colhidas do usuário, selecionar os assuntos que
aparecem para o perfil daquele usuário segundo o seu interesse,
demonstrado em suas pesquisas e consultas.
Por exemplo, se você consulta no Google algo sobre “como
emagrecer”, logo seu facebook irá mostrar, repetidamente,
propagandas de remédios para emagrecimento. Essas empresas que
aparecem na propaganda pagaram ao facebook para fazer propaganda
segundo o interesse do cliente. Assim, elas não aparecem para todo
mundo. Imagina que loucura, se todo tipo de propaganda, de todo tipo
de assunto, aparecesse para qualquer e todo tipo de pessoa. Sua rede
social ficaria entupida de todo tipo de propaganda, mesmo que não
tivesse nada a ver com seu interesse. E você ignoraria tudo. Mas a
inteligência do algoritmo percebe, através da consulta que você
fez no Google, que há um interesse de sua parte no assunto
“emagrecimento” e esse mesmo algoritmo pega essa informação e
consegue selecionar, entre os anunciantes, que pagam para o facebook
e outras redes sociais fazerem isso (de onde vem a renda deles),
aqueles que anunciam produtos relacionados ao seu interesse. E te
mostram isso. Por esse motivo, depois de você fazer uma pesquisa na
internet, sua rede social fica cheia deste assunto.
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